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Maria, mãe das Vocacionados

Maria, a escolhida de Deus para gerar Jesus Salvador foi vocacionada. Ao anúncio do anjo, que ação do Espírito Santo, o Verbo se encarnar-se em seu seio, aceitou humildemente ser a mãe do Messias: “eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Um sim generoso, pois sem medir suas conseqüências, Maria lançou-se sem reservas no colo do Senhor, porque acreditou e confiou na ação divina.

O sim de Maria a impulsionou em ser solidária à sua prima Isabel que também estava grávida, e, caminhou apressadamente até sua casa (Lc 1,39), para levar desde o seu ventre o Salvador. Esse gesto de Maria revela o compromisso com o Senhor, mesmo grávida sentiu-se chamada em ajudar o próximo. A verdadeira vocação deve nos sensibilizar com a dor e sofrimento do outro. Maria saiu de si e abriu-se à necessitada do outro!

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A vocação nunca é para si, mas sempre em vista do outro. A atitude de Maria ao visitar sua parenta, nos ajuda a compreender a finalidade vocacional. Maria foi obediente a Deus, porque ouviu sua voz, respondeu ao seu chamado e colocou-se em missão. Nesse sentido, Maria tornou-se a mãe dos vocacionados porque graças ao seu sim, a humanidade libertou-se das sombras da morte, mediante a presença salvífica de Jesus, o enviado do Pai.

Pelo batismo, todos os seres humanos, são chamados por Deus para realizar uma missão que não é nossa, mas que é do Pai, que nos foi apresentada pelos ensinamentos, atitudes, gestos e palavras do Filho, e agora, em nosso tempo, impulsionado pelo Espírito Santo, fomos inquietados a exercer no cotidiano essa mesma missão: ser sinal de esperança e alegria no mundo.

O sim deve de Maria ecoou na história, e ainda deve ecoar em nós, para seguindo seu exemplo de serva do Senhor, nós também, tenhamos a coragem de assumir nossa vocação cristã: viver o evangelho de Jesus na vida matrimonial, social, eclesial, etc. Quando digamos sim, ele nos permite conhecer novos horizontes, vislumbrar outras realidades, vivenciar momentos incríveis e sentir uma alegria inexpressível.

A generosidade de Maria ao assumir sua vocação, possibilitou à humanidade conhecer Jesus, o Messias, o Esperado, o Filho de Deus; possibilitou-nos ver o rosto de Deus na pessoa do Verbo Encarnado. Tudo isso foi possível porque Maria aceitou ser instrumento nas mãos de Deus. Poderia ter sido outra mulher: Fátima, Joana, Lucia, Marlene, Patrícia, Carina, Kátia, Felicidade, mas foi Maria…

Maria não foi à última vocacionada. Deus sempre chamou e continuará ao longo da história, a convocar homens e mulheres para serem seus instrumentos. Deus chama não os “santos” para serem seus continuadores da obra criatural. Deus convoca pessoas humanas, com seus limites, pecados, fragilidades para serem canais de esperança, vida e para continuarem a liderança das comunidades. Maria por mais santa que seja ela é uma mulher como as outras mulheres de seu tempo. Conheceu a dura realidade de seu povo, era pobre, humilde, vivia entre os excluídos e marginalizados, como crente do judaísmo, esperava ansiosamente pela vinda do Messias. O que difere Maria de outras mulheres – se assim podemos dizer –, homens e jovens, foi o seu comportamento diante de Deus:  de acolhida e de escuta.

Nós como homens e mulheres devemos nos colocar na presença de Senhor com gesto de acolhida e escuta para ouvi-lo. E, na luz do Espírito, respondermos generosamente à nossa vocação, a fim de exercer uma missão no mundo de anunciar e viver o Evangelho.

Maria é a mãe dos vocacionados, porque Ela também foi vocacionada e respondeu com sua vida e história ao chamado de ser mãe do Filho de Deus. Que nesse mês mariano, olhemos para Maria, e deixemos que seu exemplo de vocacionada nos inspire a fim de dizermos nosso SIM ao Senhor!

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Por, Pe. Guilherme Stort

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