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As bem-aventuranças – IV CONGRESSO DIOCESANO DA PASTORAL FAMILIAR

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Com o tema “Família, Amizade, Afetividade e Sexualidade: desafios para um amor integral”, o Padre português José Tolentino de Mendonça nos propõe pensar sete novas bem-aventuranças para as famílias cristãs, que entendem sua missão como a arte da espiritualidade, é chamada a fazer experiências novas e precisa ter consciência das dificuldades, pensar e discutir os conflitos. A bem-aventurança tem a mesma natureza do amor e deve ser colocada em prática para a obtenção da harmonia, vejamos:

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Pe. Francisco, assessor da Pastoral Familiar, ministrando palestra sobre o tema do IV Congresso da Pastoral Familiar

Primeira: Bem aventurada a família hospitaleira! Que não tem a reivindicação de posse uns dos outros, aceita a graça e a fraqueza sem nunca desistir de ninguém. É o princípio da incompletude, princípio da comunhão; os que se amam tornam-se cúmplices de Deus. Sozinhos nós ficamos aquém de nós mesmos, aquém do próximo, a riqueza está em se completar com as qualidades uns dos outros.
Segunda: Bem aventurada a família que combate o analfabetismo dos afetos! Que se abraça e que exercita a arte da confiança mútua. Os integrantes da família precisam acolher as pessoas como elas são com o que fizeram e o que serão. É preciso abraçar as hesitações e ter afeto com todos.
Terceira: Bem aventurada a família que compreende a importância do inútil! Que aceita perder, para que as relações valham. Vivemos em um mundo em que tudo precisa motivo, função e posição. Precisamos aceitar a perder para dar.
Quarta: Bem aventurada a família que não joga fora a “caixa de brinquedos”! Que valoriza o lúdico, o prazer, o humor. A “caixa de brinquedos” é o tempo que se tem para conversar, lembrar acontecimentos do dia a dia, realizar atividades lúdicas, interagir, resgatar momentos de alegria, como as receitas da vovó. Muitas famílias perdem essa oportunidade de construir um amor integral.
Quinta: Bem aventurada a família que se arrisca a fazer bom uso das crises! As crises funcionam como rito de iniciação, não dá para atravessar a vida sem naufrágios. Somente por meio da crise é que podemos ver a verdade e o sentido da vida. A experiência da crise é importante para viver a vida com profundidade e não superficialmente. Crise é libertação e independência.
Sexta: Bem aventurada a família que diz de si mesma! Que acredita ser um laboratório da alegria. A família deve ser fábrica de abraço e doação, é para alegria que a família é chamada, dos pesos das sombras para a alegria da luz. Alegria é o dom do amor acolhido. Devemos ser escolas para o sorriso.
Sétima: Bem aventurada a família que vive aberta ao mundo e a Deus! O que temos neste momento é apenas uma etapa, uma estação, o tempo é uma arte. É preciso voltar aos passos que não foram dados. É preciso recomeçar a viagem. Vivemos rodeados de perguntas e a família de hoje é uma delas. A família precisa estar aberta para trocar conhecimentos e alcançar o amor.
Não podemos perder a oportunidade que Deus nos dá da riqueza de vivermos em família, ela não pode ficar desagregada, pois é o lugar onde aprendemos a amar, compartilhar, resolver conflitos e dar valor ao afeto. Família é escola de vida!

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Por, Maria do Rosário Silva

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Alunos do curso de Teologia da Faculdade Puc-Uberlândia presentes no IV Congresso da Pastoral Familiar, em companhia do bispo diocesano, dom Paulo.

 

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