Compromisso Missionário Diocese de Uberlândia Em Destaque

Rito Ecumênico marca o encerramento da semana de oração pela unidade dos cristãos

No dia em que a Igreja de Roma reuniu em oração pela paz, nos jardins do Vaticano, as três grandes confissões monoteístas: Islamismo, Judaísmo e Cristianismo, a Igreja Particular de Uberlândia, em unidade com o orbe cristão, na Solenidade de Pentecostes, suplicou ao Pai, por meio do Seu Filho, o dom da unidade para todos os cristãos.

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Concluiu-se ontem (08), às 19h, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, área central de Uberlândia, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Estiveram presentes ao rito ecumênico representantes de diversas confissões cristãs, entre eles, Pastor Jonas Zenker (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil), Manoel Lázaro de Rezende (Igreja Apostólica Fonte da Vida), Monsenhor Gregório Maragna (Igreja Católica Apostólica Grega da Diáspora), Pe. Baltazar Sallum (Presbítero Católico / Capelania dos Assentamentos), Diácono Fernando Leite, Prof. Manoel Messias, da Pastoral Universitária e coordenador do curso de Teologia da PUC-Uberlândia, Maria Abadia (Folcolares), e outros membros de confissões religiosas cristãs vinculadas ao CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs).

Na oportunidade, Pe. Baltazar Salun recordou aos participantes que, em Uberlândia, esta edição da “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, promovida pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), completa 20 anos ininterruptos.

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Os líderes religiosos adentraram o templo ao som da canção que afirmava: “estaremos aqui reunidos como estavam em Jerusalém, pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem…”.

Na abertura do encontro, Monsenhor Gregório, representante da Igreja Católica Apostólica Grega da Diáspora, recordou aos fiéis que o momento a ser vivido não era exclusivo da Igreja Católica Romana, mas de todos os demais cristãos desejosos de viverem a unidade querida por Deus: “momento solene de pentecostes e de encerramento pela unidade de oração pela unidade dos cristãos. Momento importante para recebermos os dons que ainda nos falta para vivermos a unidade”, ressaltou.

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Ao longo da celebração, os participantes foram motivamos a suplicarem a Deus o dom da unidade. Durante o rito, houve momentos penitenciais em que se pediu perdão pelas faltas cometidas pelos cristãos ao longo da história, aludindo ao tema deste ano: “por acaso Cristo está dividido?” (I Cor 1, 1-17).

Nesse sentido, a primeira oração da noite ficou a cargo da liturgia ortodoxa, na qual se suplicou o perdão de Deus pelos pecados cometidos pelos cristãos contra o dom da unidade.

Temas como amor, paz, alegria, tolerância, diálogo e liberdade foram amplamente citados. Ao longo do encontro, tais expressões foram evocadas na forma de oração, pois, o Deus que se revelou como trino mostrou-se igualmente capaz de comunhão.

Em sua homilia, tomando o evangelho da Solenidade de Pentecostes (Jo 20, 19-23), o leigo católico Gelson – ex-pastor luterano – discursou a partir do verbo “anoitecer”, evocado no texto bíblico:

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“que interessante: ‘ao anoitecer daquele dia’. Anoitecer, isto é, não é mais dia e os apóstolos estão num lugar fechado. É ali que o Senhor lhes aparece. Terminou o dia e começa a noite da Igreja. É na noite da Igreja que está a vida, pois é lá que está o Cristo e lhes sopra o Espírito. Ele lhes deixará apenas o Espírito. Ele faz questão de mostrar o lado, as mãos, para que os discípulos tenham o privilégio da materialidade, mas depois não mais. A igreja irá contar só com a presença do Espírito. Isso significa subjetividade. Quando olhamos a história das igrejas parecem que elas não querem um anoitecer na vida, nas comunidades, e querem só dias claros. Não querem se deparar com as incertezas na caminhada. Mas elas não têm mais o Senhor para lhes dizer: ‘isto está resolvido’. O Senhor não deixou um corpus doutrinário, verdades metafisicas prontas para que a gente siga. Ele mesmo não fez muita questão disso, mas deixou o seu Espírito. Há uma lição no anoitecer da Igreja. Primeiramente, as igrejas não devem temer o anoitecer, pois a travessia será feita no escuro. Guimaraes Rosa nos lembra isso na terceira margem do rio. A igreja precisa se lançar no rio e sem medo. O que a gente quer ficar na igreja. Daí o fanático, aquele que é carregado ao templo, às coisas do templo. Jesus não quer fanáticos, mas que a gente saia da igreja e faça a travessia do rio. As igrejas olham para a outra margem e dizem amos chegar la. Mas não é isso. É a travessia, a fraqueza, a duvida. Jesus diz: ele não é um Deus tapa-buracos, muleta. Na hora do aperto. Quem faz esse papel é a divindade. O totalmente outro não faz assim. Precisamos ter a ousadia de dizer que há momentos em que ele se esconde de nos. A duvida mora no nosso coração. Há momentos em que a Igreja não resolve nada. Vamos pensar: precisamos sair da igreja, porque os frutos la fora estão maduros. Nietzsche: “os teus frutos estão maduros, mas você não está maduro para colhê-los”. Quando estaremos? Quando finalmente na fragilidade, na fraqueza, na invisibilidade, mas deixam seus sinais. O dia em que a Igreja for invisível aos olhos do mundo. Ela só vai conseguir ajudar o mundo na sua total fragilidade. O Senhor que não está mais aqui fisicamente irá nos permitir colher os frutos. Que Deus nos ajude a não temer as dúvidas. Amém”.

Após a homilia foi proferido o rito de fé e compromisso ecumênico pelos participantes da celebração.

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Credo ecumênico: Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus onde está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Universal, na Comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.

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Durante o rito, as autoridades religiosas fizeram juntos a profissão de fidelidade a Cristo e ao Seu Evangelho. Momento em que se reconheceu, sobretudo, a diversidade entre os cristãos que são chamados, no entanto, à tolerância e ao respeito mútuo.

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Pai nosso ecumênico: Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas ofensas, assim coo nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

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Ao som do refrão meditativo: “oh, Luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós…” como é de costume na liturgia católica da Solenidade de Pentecostes, após a comunhão, apagou-se o círio pascal. Este ato simbólico exorta aos fiéis a serem eles mesmos, a partir de agora, a luz que brilha no mundo tal como o Cristo Ressuscitado. Foi ainda o momento em que se pediu ao Espírito Santo que conduza os cristãos ao cumprimento do deseja de Jesus: “Pai, que todos sejam um” (cf. Jo 17).

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Após cada invocação, uma vela era acesa rememorando os sete dons do Espírito Santo (confira quadro abaixo com a relação dos sete dons do Espírito Santo). A comunidade orante pôde, assim, suplicar os dons do Espírito Santo com afirmações de cunho confessional: “sem o Espírito Santo estamos sós!; sem o Espírito Santo nos sentimos tristes; sem o Espírito Santo estamos sem vida; sem o Espírito Santo não conseguimos sorrir; sem o Espírito Santo não é possível viver na luz; Mova-nos com a força de teu espírito! Alegra-nos com a presença de teu Espírito! Dá-nos plenitude de vida em teu Espírito! Renova-nos com o poder de teu Espírito! Dá-nos os sonhos de teu Espírito”.

Após uma hora e meia de oração, a benção final, assim como o envio dos presentes à missão de construírem a unidade, foi concedida por todos os líderes religiosos presentes à celebração ecumênica: “vamos na Paz de Cristo. Tenhamos coragem e força no testemunho do Evangelho e no fiel cumprimento da missão de Deus no mundo e na caminhada da unidade. Sirvamos a Deus com Deus com alegria! No poder do Espírito Santo, Aleluia! Aleleuia”, afirmaram.

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Confira endereços e dados para correspondências e/ou visitas:

– Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (Comunidade de Uberlândia – Ceclu). A Ceclu encontra-se na Rua Santa Catarina, 2240 CEP 38402-231 – Uberlândia /MG – Brasil Telefone. Email: [email protected] – Pastor Jonas Zenkner Beier.

Site: http://www.luteranos.com.br/organizacao/uberlandia-mg //

FACEBOOK: Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Uberlândia – Ceclu

– Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Grega da Diáspora – Comunidade São Nectários e Bem Aventurado Iakovos. Regida pelo Monsenhor Gregório Maragna.

Contatos: email:[email protected]

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Os Sete dons do Espírito Santo

1. Fortaleza – Por essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão. Lembremo-nos que foi com muita coragem, com muito heroísmo, que os santos desprezaram as promessas, as blandícias e ameaças do mundo. Destes, muitos testemunharam a fé com o sacrifício da própria vida. O Espírito Santo lhes imprimiu o dom da Fortaleza e só isto explica a serenidade com que encontraram a morte! Que luta gloriosa não sustentaram! Agora gozam de perfeita paz, em união íntima com Jesus, de cuja glória participam. Também nós, havemos de combater diariamente para alcançar a coroa eterna. Vivemos num mundo cheio de perigos e tentações. A alma acha-se constantemente envolta nas tempestades de paixões revoltadas. Maus exemplos pululam e as inclinações do coração constantemente dirigem-se para o mal. Resistir a tudo isto requer em primeiro lugar muita oração, força de vontade e combate resoluto. Por esta virtude, a alma se fortalece para praticar toda a classe de atos heróicos, com invencível confiança em superar os maiores perigos e dificuldades com que nos deparamos diariamente.

2. Sabedoria – O sentido da sabedoria humana reside no reconhecimento da sabedoria eterna de Deus, Criador de todas as coisas que distribui seus dons conforme seus desígnios. Para alcançarmos a vida eterna devemos nos aliar a uma vida santa, de perfeito acordo com os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nisto reside a verdadeira sabedoria que, como os demais, não é um dom que brota de baixo para cima, jamais será alcançada por esforço próprio. É um dom que vem do alto e flui através do Espírito Santo que rege a Igreja de Deus sobre a terra. Nos permite entender, experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente.

3. Ciência – Nos torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as ciências humanas perdem a sua inerente complexibilidade. Nossas habilidades com as coisas acentuam-se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas inclinações culturais e científicas, sempre segundo os desígnios divinos, mesmo que não nos apercebamos disso. Todo o saber vem de Deus. Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus é que pertence esta glória, a Deus, que é o doador de todos os bens.

4. Conselho – Permite à alma o reto discernimento e santas atitudes em determinadas circunstâncias. Nos ajuda a sermos bons conselheiros, guiando o irmão pelo caminho do bem. Hoje, mais do que nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo.

5. Entendimento – Torna nossa inteligência capaz de entender intuitivamente as verdades reveladas e naturais, de acordo com o fim sobrenatural que possuem. A aparente correlação não significa que quem possui a sabedoria, já traga consigo o entendimento por conseqüência (ou vice-versa). Existe uma clara distinção entre um e o outro. Para exemplificar: Há fiéis que entendem as contemplações do terço, mas o rezam por obrigação ou mecanicamente (Possuem o dom do entendimento). Há outros que, por sua simplicidade, nunca procuraram entender o seu significado, mas praticam sua reza com sabor, devoção e piedade, ignorando seu vasto sentido (possuem o dom da Sabedoria). Este exemplo, logicamente, se aplica às ciências naturais e divinas, logo ao nosso dia-a-dia. Não sendo um consequência do outro, são distintamente preciosos e complementam-se mutuamente, nos fazem aproximar de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência e sensível percepção das coisas terrenas, que devem estar sempre direcionadas às coisas celestes.

6. Piedade – É uma graça de Deus na alma que proporciona salutares frutos de oração e práticas de piedade ensinadas pela Santa Igreja. Nos dias de hoje, considerando a população mundial, há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em serem devotas e piedosas; as poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárneo de pessoas que tem outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus. Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante de Deus, peçamos a graça da piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento das escrituras.

7. Temor de Deus – Teme a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração. Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e o resto nos será dado por acréscimo. O mundo muitas vezes sufoca e obscurece o coração. Todas as vezes que transigências fizemos às tentações, com certeza desprezamos a Deus Nosso Senhor. Quantas vezes preferimos a causa dos bens miseráveis deste mundo e esquecemo-nos de Deus! Quantas vezes tememos mais a justiça dos homens do que a justiça de Deus! Santo Anastácio a este respeito dizia: “A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas todas as coisas?”. Não esqueçamos, portanto, de pedir ao Deus Espírito Santo a graça de estarmos em sintonia diária com os preceitos do Criador. Por este divino dom, torna-se Deus a pessoa mais importante em nossa vida, onde a alma docemente afasta-se do erro pelo temor em ofendê-Lo com nossos pecados.

Fonte: catequisar.com.br

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