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"Humildade" (XI)

No Cântico de Nossa Senhora, Magnificat, Deu ama os humildes e despreza os orgulhosos. O humilde abre o seu coração para Deus com toda simplicidade. Santa Teresinha que sempre quis ser pequena diante de Deus, aliou a este sentimento espiritual o da humildade. Pequenez para ela é ser pequeno e ficar pequeno para aproveitar bem das maravilhas de ser criancinha nos braços do pai. A humildade é aceitação da nossa verdade, ou seja, daquilo que somos. Isso ela aprendeu de Santa Teresa de Jesus (ou de Ávila), quando afirmava que a humildade é a verdade, é a descoberta do nosso pobre ser, fraco, deficiente e carente.

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A humildade é uma prática da pequenez e ambas se completam. Entretanto, a humildade é muito mais que só o sentimento real de se reconhecer pequeno, fraco e impotente; é também o fato de dizer o que realmente somos e o que realmente Deus opera e operou em nós.

Sendo assim, a humildade através da verdade revela a maravilhosa ação de Deus em nós, atraindo a ação poderosa de Deus sobre o humilde. Enquanto a pequenez leva-nos mais à confiança e à simplicidade; a humildade nos conduz à confiança, à sinceridade e à gratidão.

É importante frisar que a humildade faz aceitarmo-nos como nós realmente somos, não se assustando ou se espantando com as nossas fraquezas, misérias e limitações, mas acreditar piamente na força da graça de Deus agindo em nós.

Notemos que humildade não tem nada a ver com alienação, bobagem e covardia. O humilde vive tão-somente como o seu Mestre Jesus viveu. Pela prática da humildade, ele procura de todas as formas, assemelhar-se cada vez mais a ele. Portanto, sendo a humildade a verdade, o humilde sabe ser como deve ser e, por isso mesmo, atrai tanta gente ao seu redor e dispostos a seguir as suas pegadas.

E, atenção. Mesmo em situações concretas da vida em que os humildes são maltratados e desconsiderados por outrem, ele tem a certeza de que será recompensado por Deus. Neste sentido, Santa Teresinha escreveu a sua sétima peça teatral intitulada justamente “O Triunfo da Humildade”.

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Por, Pe. Antônio Lúcio, ssp

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