Está chegando ao fim o mês missionário. Tivemos a oportunidade rezar em nossas celebrações, nas famílias e em encontros por todos os missionários. O que ficou deste mês dedicado às missões? Que experiência nova trouxe para minha vida cristã? Perguntas como essas devem nos inquietar quando olhamos para a realidade e percebemos que muitas vezes celebramos as missões, mas não vivemos a missão em nossas comunidades. Rezamos pelos missionários, mas não nos tornamos missionários. Doamos para campanha missionária, mas não contribuímos de maneira efetiva para a ação missionária. Daí o mês de Outubro se torna como qualquer outro mês do ano que segue seu curso normalmente.
Para a Igreja a missão não é só Outubro, mas sim todos os dias de nossa caminhada cristã. Este mês missionário serve para despertar, animar e conscientizar que todos os batizados são essencialmente missionários. Pelo batismo recebemos o envio para fazer frutificar os dons do Espírito mediante uma práxis evangélica que não tem fim. É no cotidiano da vida humana que o Espírito nos impele ao anúncio da Boa Nova. Por isso, não existe tempo, lugar, circunstância para falar de Jesus.
Ao mesmo tempo em que o campo para a realização da missão é abrangente, as pessoas destinadas para a missão são suficientes. Quero dizer: não faltam missionários para assumir seu papel, há em nossa cidade-diocese milhares de batizados, o que falta é o “SIM” generoso e gratuito por parte dos batizados a fim de assumirem o seu compromisso batismal. Então, devemos suplicar a Deus que toque os corações dos batizados tornando-os sensíveis à ação missionária! De fato, o que nos falta é o espírito de “saída” da nossa zona de conforto para irmos ao encontro dos nossos irmãos e irmãs, anunciando a alegria do Evangelho (EG 24).
Quando respondemos “SIM” ao Senhor, colaboramos para que a máxima de Jesus: “Eu vim para todos tenham vida, vida em abundância” (Jo 10,10), seja uma realidade na sociedade, na Igreja e no mundo. Para a pessoa que se lança na missão, ela sentirá ainda mais perto a presença e sua vida não será mais a mesma, porque terá o sentimento de solidariedade que impele cada vez mais para sua vida ao irmão.
Que a Luz do Espírito Santo penetre em nossos corações nos impulsionando a ação missionária em nossas comunidades eclesiais!
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Por, Pe. Guilherme Stort
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