CLDU e outros organismos do Povo de Deus participam do processo de escuta do Sínodo sobre a Sinodalidade na Diocese de Uberlândia
Diocese inicia novo processo de escuta, a partir do relatório síntese da primeira sessão, rumo a segunda sessão do Sínodo dos Bispos que ocorrerá em outubro de 2024, no Vaticano.
Novo processo de escuta…
Nesta segunda sessão do Sínodo somos convidados, em espírito de oração e discernimento, a participar novamente do processo de escuta e enviar nossas contribuições, respondendo a pergunta: “COMO ser igreja sinodal em missão?”
Não se trata de começar do zero ou de repetir o processo de escuta e consulta que caracterizou a primeira fase. O objetivo é identificar os caminhos a percorrer e os instrumentos a adotar nos diversos contextos e nas diversas circunstâncias, de modo a valorizar a originalidade de cada batizado e de cada Igreja na missão única de anunciar o Senhor ressuscitado e o seu Evangelho ao mundo de hoje. Não se trata, portanto, de nos limitarmos ao projeto de melhorias técnicas ou processuais que tornem mais eficientes as estruturas da Igreja, mas de trabalhar sobre as formas concretas do empenho missionário a que somos chamados, no dinamismo entre unidade e diversidade próprio de uma Igreja sinodal.
“COMO valorizar a corresponsabilidade diferenciada na missão de todos os membros do Povo de Deus?”
Que modos de relação, estruturas, processos de discernimento e de decisão em relação à missão permitem reconhecê-la, moldá-la, promovê-la? Que ministérios podem ser renovados ou introduzidos para melhor exprimir esta corresponsabilidade? No Relatório de Síntese, pode-se fazer referência mais especificamente aos capítulos 8-12, 16 e 18.
Clique aqui e baixe a versão em português do relatório.
A Diocese de Uberlândia…
Os organismos do Povo de Deus da Igreja do Brasil em nossa Diocese estão se organizando para enviar as respostas a essas duas perguntas já apresentadas acima. Cristãos leigos e leigas, religiosos, diáconos e padres promovem encontros nesta primeira quinzena de março para que as novas contribuições, com base no relatório síntese, sejam enviadas à CNBB.
As contribuições do CLDU…
O Conselho do Laicato da Diocese de Uberlândia – CLDU, organismo da Igreja que representa todos os cristãos leigos e leigas da nossa diocese participou do processo de escuta enviando contribuições, as quais se segue:
Contribuições para o Sínodo
Dia 07 de março de 2024
“Vós sois todos irmãos e irmãs” Mt 23,8
Tornar-se uma Igreja sinodal em missão envolve o rompimento da lógica clericalista e elitista de ser Igreja, a adoção de uma abordagem democrática, participativa, colaborativa e orientada ao serviço. Uma Igreja que é Povo de Deus, ou nas palavras do Papa Francisco: “Por uma Igreja pobre, com e para os pobres”.
É necessário fortalecer e valorizar os mecanismos democráticos, de participação, que temos em nossa Igreja: conselhos paroquiais e diocesanos, colegiados e organismos de representação, como por exemplo, os Conselhos do Laicato. A presença nesses conselhos e colegiados não pode ser apenas de padres, deve-se respeitar uma paridade de cadeiras para leigos, religiosos e ministros ordenados, de forma que todos e todas tenham direitos iguais de falar e ouvir, e haja colaboração, diálogo e a busca por consenso na condução dos assuntos da Igreja. Um “caminhar juntos” onde a tomada de decisões envolve a participação ativa de todos os membros da comunidade eclesial. Valorizar a corresponsabilidade na missão de todos os membros do Povo de Deus é essencial para promover uma participação ativa e engajada na vida e na missão da comunidade.
Acreditamos que essa participação ativa de todos os membros da Igreja nos conselhos e colegiados só será possível se houver a valorização, formação e conscientização dos cristãos leigos e leigas sobre a sua importância, seu papel, protagonismo, identidade, vocação e missão. Proporcionar ensinamentos e reflexões teológicas que destacam a corresponsabilidade como um princípio fundamental da vida cristã, por meio de estudos bíblicos e afins. Formar os membros da comunidade, principalmente os jovens, a não ter medo e vergonha de “dizer sua própria palavra”, ideias, pensamentos, e resolver problemas com uma atitude/mente aberta, permitindo que diferentes perspectivas possam enriquecer o diálogo, discutindo como cada pessoa pode contribuir de maneira significativa. O diálogo é uma oportunidade para aprendizado mútuo.
Por meio da formação dessas lideranças cristãs que teremos uma maior comunhão entre clero e cristãos leigos e leigas. Uma Igreja mais missionária, com projetos missionários – como o das “Santas Missões Populares”, visando a evangelização e a criação de comunidades locais – e menos sacramentalista. Somos “um povo que quer ter voz, ter vez, lugar”!
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